terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Fatos e Fotos: Reflexões sobre a ERS 514 (Ajuricaba a Palmeira) - Por Marcos Fridrich

Fonte: Portal Ijuhy.com
Fatos e Fotos: Reflexões sobre a ERS 514 (Ajuricaba a Palmeira) - Por Marcos Fridrich - www.ijui.com

 Estranha realidade esta em que, se não estiver cheia de crateras, uma rodovia já é considerada em boas condições de trafegabilidade!
O precário estado da rodovia ERS 514 fica patente no trecho de chão batido entre Ajuricaba e Palmeira das Missões. Na imagem, uma mostra da  pista muito estreita e placa encoberta pela vegetação. Foto: Marcos Fridrich (Clique na imagem para ampliá-la)
De tudo o que já foi feito e dito a respeito da situação calamitosa em que se encontra a ERS 514, em seu trecho não pavimentado entre Ajuricaba e Palmeira das Missões, deixo a cargo dos leitores em que categoria enquadrar o conselho dado em um relatório do DAER, datado de 11/12/2012 e disponível no seguinte endereço eletrônico: RELATÓRIO - DAER
 “Recomenda-se evitar o transito nestes períodos.”
Os períodos referidos seriam dias de chuva, como se fosse possível suspender as aulas e pedir às vacas que por gentileza parem de produzir leite nestes dias, apenas para citar duas situações em que não existe escolha entre usar ou não usar a estrada.
Outra coisa que chama muito a atenção é olhar para trás e perceber que desta região, há  cerca de cinquenta anos  grande numero de famílias deixou um lugar então próspero e cheio de pequenas indústrias, como marcenarias, ferrarias, fábrica de selas, de bebidas e carrocerias, entre outras mais, para embrenharem-se pelo  interior de estado do Paraná, em lugares onde não haviam  estradas nem cidades!
Passado todo este tempo, quando os netos destes pioneiros vêm visitar suas raízes,  encontram taperas e a velha ERS parada no tempo, enquanto cidades inteiras floresceram e centenas de quilômetros de asfalto foram construídos no Paraná!
O citado relatório faz referencia as boas condições de trafegabilidade no trecho asfaltado entre Ajuricaba e a ERS 155 (Chorão), o que dizer das árvores, que não precisam pedir licença a nenhum órgão público para crescer e, portanto, cresceram tranquilamente sem qualquer manejo por muitos anos, sendo que em vários locais já estão sendo “podadas” pelas carrocerias dos caminhões de maior porte?
A quem recorrerão os motoristas para pagarem os rasgos nas lonas que cobrem os veículos? Os danos nas sinaleiras de uso obrigatório?
A quem recorrerá a família de uma vítima fatal decorrente de uma simples saída de pista que se torna em tragédia pela existência de arvores de grande porte no que deveria ser uma área de escape?
E a dificuldade em visualizar a sinalização?  A verdadeira chuva de galhos e troncos sobre a pista a cada vento um pouco mais forte... E para realizar uma ultrapassagem então? Perigo total, pois as árvores estão quase se “tocando” sobre as rodovias da região em muitos lugares.
Será pura negligência na manutenção, corte de gastos, falta de recursos ou as margens das rodovias foram promovidas a Áreas de Preservação Permanente?
Estranha realidade esta em que, se não estiver cheia de crateras, uma rodovia já é considerada em boas condições de trafegabilidade!
Marcos Fridrich é produtor rural em Ajuricaba/RS e membro da Apromilho/RS
 
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